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Lendo Lucinda Riley

Foto do escritor: Marcos ViníciusMarcos Vinícius

Atualizado: 20 de mar. de 2023

"Tenho o mesmo sonho todas às noites. É como se minha vida fosse lançada para o alto e todos os pedaços caíssem pelo chão de frente para trás, pelo avesso."

imagem arquivo pessoal

Essa frase acima é o começo (começo mesmo) do livro e já dá o tom que a obra seguirá. Pois bem...


Quando resolvi ler "A Casa das Orquídeas", eu não fazia ideia de o quão maravilhoso seria. Já fazia uns 3 anos (se eu não me engano) que estava com o livro encostado aqui em casa. Mas foi durante um dos meus períodos mais obscuros que resolvi pegá-lo. Comecei a ler sem expectativa nenhuma, pois apenas queria encontrar uma maneira de aliviar a minha mente. E o que posso dizer disso é que li uma obra magnífica, que me fez viajar por um mundo tão triste, mas belo, que eu não queria mais sair dele, pois teria que deixá-lo no passado.


O livro conta a história de 4 personagens centrais. Temos: Julia Forrester e Kit Crawford, no presente. E: Olivia e Harry Crawford, no passado. Há outros personagens, mas todos têm um caráter secundário – apesar de contribuírem, e muito, com o andar da história.


A obra é um romance histórico em que — também — vemos a Inglaterra no período da 2º Guerra Mundial. Entretanto, esse aspecto não é o central, a narrativa abre mão de dar atenção a esse evento — incisivamente — e se concentra em abordar os personagens e as condições deles.


Poder acompanhar as dificuldades, inseguranças e medos foi o que mais me encantou durante a leitura. A autora foi capaz de dar tanta delicadeza aos atos dos personagens, firmeza nas decisões deles, sonhos nas escolhas deles. Ver a Julia imersa em sombras, sofrimento e angústia foi difícil, mas, após rever luzes do passado, ela ser capaz de encontrar um motivo para deixar de, apenas, existir e começar a viver, foi de uma pureza linda. Mais ainda, logo depois, para cair outra vez. A autora soube dar a ela esse caminhar quase que curativo, além de fazê-la lutar contra tanta tristeza e dor.


Olivia é outra personagem que teve que passar por uma jornada árdua. Na época dela, nós a vemos como uma garota destemida, disposta a deixar de lado toda a exigência que se esperava dela, para poder seguir as próprias vontades. Porém, a partir do momento em que conheceu Harry, a vida dela seria traçada por um estigma triste, pois teria que percorrer um caminho difícil, com uma postura firme, mas infeliz.


Harry, por sua vez, é outro personagem que pôde experimentar o sabor da felicidade, do amor, mas que, no final, andou ao lado da infelicidade, igual à Olivia.


De fato, "A Casa das Orquídeas" é uma obra maravilhosa. Conforme me aproximava do final, as mais de 500 páginas não pareciam muitas. Eu queria mais!


É difícil querer passar tudo o que pude sentir ao lê-lo, afinal, mais do que saber a respeito da história é preciso senti-la, apreciá-la, vivê-la.


Lucinda Riley é minha recomendação e faço sem medo de ser criticado. É uma ótima autora (já pude ler duas obras dela). A escrita dela é fluída, leve, instigante. Ela consegue dar vida aos personagens com tanta veemência que quase podemos tocá-los. E para quem gosta de romance, não ficará sem alegria, solidão, felicidade, perdas, amor e tristeza.


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