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Assistindo Mulher Maravilha 1984

Foto do escritor: Marcos ViníciusMarcos Vinícius

Atualizado: 21 de mar. de 2023

Warner e DC: erros costumeiros e mais um filme fraco

(imagem da internet)

O filme é fraco, ruim. É isso. Infelizmente, o que já se tornou comum nessas produções fílmicas quadrinescas, voltou a se repetir mais uma vez. E parece que isso é uma maldição que rodeia os heróis e heroínas da DC. Por mais que sejam bons personagens, as adaptações cinematográficas costumam falhar miseravelmente. E isso é uma pena, pois há potencial para serem feitos bons filmes.


Digo que o filme é fraco e ruim, mas, ainda assim, assistível. Muito diferente, por exemplo, do intragável Batman VS Superman. Contudo, Mulher Maravilha 1984 soa preguiçoso e bagunçado, cheio de soluções jogadas do nada, com contradições explícitas. Isso sem levar em consideração a prepotência do ato III, que se mostra extremamente grandioso.


Um dos vários problema encontrado é a má utilização do período em que o filme se passa. Além da questão estética e de vestimentas, nada mais é aproveitado. É muito semelhante com o que aconteceu em American Horror Story1984. De que adianta ambientar um filme ou série em determinada época, se for utilizá-la pouco?


Mas o principal equívoco é a presença da Gal Gadot como a Mulher Maravilha. Por mais que ela seja carismática, a capacidade cênica dela é limitadíssima. Nos momentos em que ela precisa entregar expressões, emoções, sentimentos, há um abismo entre o que ela pode e o que ela traz. E, sim, eu espero boas atuações em filmes de adaptações de super-heróis. Afinal, Heath Ledger e Joaquin Phoenix — a interpretação dele é boa, mas não gostei do filme — mostraram que isso é possível.


Outro aspecto que envolve a atriz é o seu biótipo. Um dos problemas que vejo nos filmes é a necessidade de rearranjar os castings de uma maneira que fuja ao que é exigido pelos personagens. A Gal Gadot foge — e muito — do biótipo de uma amazona, que exige — pois assim é — uma mulher de um porte físico mais condizente com a mitologia envolta dessa figura. Força e estatura são alguns dos critérios que deveriam, sim, ser levados em consideração. Um exemplo que se assemelha com a Mulher Maravilha é a do filme Shazam. O personagem que é forte e musculoso nos quadrinhos, nas mãos do ator Zachary Levi ficou cômico — para não dizer ridículo —, pois a personificação do herói não se assemelhou ao que era necessário (se a ideia foi aquela não importa, pois ficou péssima).


Posso soar de maneira extremista por ter essa visão, mas julgo ser condizente. Entendo que adaptar está muito além de uma mera transposição de mídias, mas é preciso levar em consideração certos pontos fundamentais nesse processo, para que o resultado final não seja ruim. É claro que se a Gal Gadot fosse uma boa atriz esse aspecto seria mais irrelevante, mas ela não é, e por isso a ressalva.


Mas há mais no filme


O discurso, mesmo sendo humanista, é de um exagero muito extrapolado. E o filme também se prolonga demais, ultrapassando duas horas e meia de duração.

Também destaco a morna fotografia. É tão comum, burocrática, que me pergunto em que lugar essa galera aprendeu/estudou.


Mas devo ressaltar à ótima atuação da atriz Kristen Wig. Ela interpretou a doutora Barbara Ann Minerva, que é a Cheetah (ou Mulher-Leopardo). Com certeza, ela é a melhor coisa no filme. Uma pena que foi mal utilizada a partir de determinado ponto. O desenvolvimento dela é bastante interessante e progressão entendível. Há um porquê de ela querer se tornar a Mulher-Leopardo. Compreendemos as razões e motivações. Ponto positivo para o filme!

Mas de resto...


Eu acho bizarro essas superproduções fazerem um trabalho tão meia-boca. Com tantos recursos, o que se espera é o mínimo de qualidade. Mas eles conseguem fazer o oposto! Deixando os filmes enfadonhos e extenuantes.


Agora, acredito que Mulher Maravilha 1984 seja melhor do que a porcaria do Batman VS Superman. Mas não acima de Esquadrão Suicída ou Shazam; igual a ambos, talvez. Aves de Rapina ainda é o melhor do universo DC, desde a trilogia do Nolan.


Enfim, penso que eles (Warner e os diretores) devam se preocupar, primeiro, em contar uma boa história, antes de quererem trazer mensagens esperançosas e o caramba. É muito chato ter que assistir produções que parecem se esquecer de fazer o seu melhor e acabam colocando os pés entre as mãos, com a arrogância de quererem salvar o mundo.


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