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Assistindo Jiu Jitsu

Foto do escritor: Marcos ViníciusMarcos Vinícius

Atualizado: 20 de mar. de 2023

Artes marciais, caçada alienígena e... Nicolas Cage!?

(imagem da internet)

Quando me disseram que Nicolas Cage estaria em um filme chamado Jiu Jitsu (2020), não tive como não achar engraçado. Antes mesmo de saber do que se tratava, apenas pelo nome deduzi que era mais um filme esquisito que ele costuma participar. E nesse ponto, de fato, é. Mas, ao contrário de alguns em que ele vem atuando, Jiu Jitsu é muito divertido e — por que não? — , bom.


O filme começa com um homem, que saberemos que se chama Jake, fugindo de algo/alguém que está arremessando, olha isso, shurikens?! Jake segue com a fuga dele, até chegar a um penhasco. Ele decide pular, mas é atingido por duas shurikens, fazendo-o cair todo errado e bater em uma pedra. Jake desmaia ao dar de cabeça na rocha.


E é aí que Nicolas Cage entra em cena!


Com um cabelão irado, o ator deu vida para o Wylie — o personagem dele —, que resgata Jake e o deixa com um casal de pescadores. Eles, por vez, levam-no até um posto avançado cheio de militares. Após acordar nesse lugar, Jake conhece a oficial Myra, interpretada pela atriz Marie Avgeropoulos. Myra tenta descobrir quem é Jake e o deixa sozinho em uma sala. Um dos soldados vai buscá-lo, mas Jake “ativa” as habilidade marciais dele, a pancadaria come solto e se inicia as incríveis cenas de luta do filme.


Uma direção de fazer inveja


Dimitri Logothetis. Esse é o nome do homem que fez o grande trabalho por trás das câmeras. Para quem estuda cinema — ou apenas gosta — , as cenas são tão bem dirigidas, e criativas, que trouxeram o que há de mais interessante no filme. Os plano-sequências aparecem com bastante destaque e participam ativamente das lutas. Além disso, os ângulos contribuem também, pois mostram bem os movimentos dos atores — aliás, a maioria luta de verdade!


Outras técnicas empregadas remetem aos videogames, especificamente as famosas cut scenes. Toda a estética atribuída tem essa referência. Os golpes “decisivos” ao atingir o oponente vêm em câmera lenta. É muito bom!


Mas há outras características. A câmera subjetiva se alterna com a objetiva e as transições são feitas durante as cenas de luta, intercalando-se. A plasticidade, aliás, é verossímil, apesar de, às vezes, um pouco lenta.


Posso dizer que Jiu Jitsu foi uma grata surpresa este ano. Para quem vê, parece que se trata de um daqueles filmes galhofa, que não há como levar a sério, pois nem ele mesmo se leva. E, de fato, é um deles. Mas aqui é possível olhar com mais carinho.


Reforço que foi uma surpresa, ainda mais para quem cresceu — assim como eu — assistindo filmes de luta, com Jack Chan, Jet Li, Van Damme; os da franquia Kickboxer — inclusive, Dimitri Logothetis dirigiu alguns recentes.


As lutas tomam boa parte do filme, e são o carro-chefe; e trazem o clichê dos lutadores com técnicas e armas diferentes, cada um com um estilo específico. Mas todos se saem muito bem — com exceção de Nicolas Cage que, obviamente, utiliza um dublê.


Gostei mais da personagem Carmen (imagem abaixo), interpretada pela atriz — e habilidosa lutadora — Ju Ju Chan. Com um nunchaku, e visual cool, ela trouxe boas cenas.

Juju Chan é Carmen, em Jiu Jitsu (2020) (imagem da internet)

Por outro lado...


O CG é um negócio a parte. Eles não comprometem o filme, antes de qualquer coisa, então a presença é posta de lado. Porém, é de uma qualidade tão baixa que chega a ser engraçado, para não dizer amador. Nada soa real e é visível que se trata de um recurso digital barato.


Também há um momento que entra uma GoPro bizarra! É bem rápido, mas não há como não perceber.


No fim, nada disso importa. O que vale são as cenas de lutas e, é claro, o Nicolas Cage, em mais um papel “diferente”.


Esperemos mais Jiu Jitsu


Jiu Jitsu tem toda a aura de um filme B dos anos oitenta — até mesmo noventa. A premissa, inclusive, lembra um pouco o primeiro filme do Predador.


Longe de ser uma obra-prima, o filme cumpre bem o propósito dele. Nada de tramas mirabolantes nem interpretações inesquecíveis. Apenas boas coreografias, golpes e uma trilha sonora interessante. Apesar de não ter muito jiu jitsu...

Os lutadores! (imagem da internet)
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