Música, poesia, arte, magia... Alquimia!
O quarto disco, desse trio incrível, é mais uma obra de arte. A vocalista Rebbeca Joy mantém o vocal maravilhoso e característico dela, mais a parte instrumental que também impulsiona esse ótimo disco. Em Alchemy (2019), há uma sonoridade que remete à literatura fantástica. É um som poético, lúdico; para apreciar em sintonia com a natureza.
Golden Fable foi um dos melhores achados que tive nos últimos anos.
Eu nunca fui muito apreciador de conteúdo sinfônico ou erudito. Apesar de dar atenção a obras instrumentais ou certas vertentes do rock (metal gótico, sinfônico, etc.), normalmente deixava de lado artistas que trabalhavam nessa área junto a outros gêneros musicais. Porém, Golden Fable conseguiu me capturar. Principalmente pela sinergia que há entre o instrumental e a voz da Rebbeca. Essa mutualidade, feita com exímio, não causou um ruído em mim, capaz de me afastar — como já ocorreu com outras bandas.
Agora, esse belo álbum potencializou o que eles já tinham feito em trabalhos anteriores. Composições primorosas e um cuidado magistral são a tônica da banda. Contudo, pela produção mais refinada apresentada aqui, considero Alchemy o melhor disco deles. As músicas não destoam umas das outras e mantêm uma unidade coerente e intrínseca do início ao fim (se bem que todos os álbuns da banda são assim).
Em Alchemy, senti um direcionamento mais definido e sem tanta abertura.
Assim como Sofia Sarri, Golden Fable também é maravilhoso. É tão bom de se ouvir; tudo é agradável, bem produzido. Sem dúvidas, Sofia Sarri e Golden Fable foram as melhores artistas/bandas que tive o prazer de conhecer nos últimos anos.
Rebbeca Joy e sua voz perfeita
Rebecca Joy tem uma potência e, ao mesmo tempo, maciez, bondade na voz que é muito prazeroso e emocionante ouvi-la. Apesar da aparência dela — como posso dizer? —, de pelúcia, ela canta com uma facilidade abissal.
Para quem vê-la antes sem saber que a mulher tem uma voz tão incrível, duvidará que é uma poderosa cantora.
Rebecca me lembrou à Amy Lee, do Evanescence. As duas têm essa carga expansiva na voz, mas conseguem, ao mesmo tempo, soar de uma maneira tão pura e limpa. Apesar de a Rebbeca possuir uma voz mais delicada, também aparenta ter uma força por trás dessa graciosidade que ela tem.
A fábula dourada do Golden Fable
Com Alchemy, Golden Fable deu sequência em sua (curta) discografia, com mais uma poesia para se ouvir. E é nítido que todo o conhecimento técnico que os três possuem se faz presente nas composições. Tanto Rebbeca, com a voz literária e inspiradora dela, quanto aos multi-instrumentistas Tim Joy e Jonathan Guy, que criam as excelentes bases instrumentais para dar suporte a divina voz dela, funcionam em demasia.
Golden Fable é uma daquelas raridades de bandas que conseguem lançar um álbum atrás do outro e melhorar cada vez mais (tipo o Deftones).
E para quem aprecia música de extrema qualidade, Golden Fable é mais do que uma opção. É uma necessidade a ser apreciada. É uma obrigação a ser vivida.
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