top of page

Clássicos nas mãos certas

Foto do escritor: Marcos ViníciusMarcos Vinícius

Atualizado: 22 de mar. de 2023

Korn, SOAD, Faith no More, entre outras bandas, trouxeram versões únicas de clássicos

(imagem da internet)

Algumas bandas se tornam tão grandes que atravessam os anos. A influência delas cruza a intransponível barreira do tempo e alcança os ouvidos de seres que sequer existiam quando elas foram formadas. Fazem parte da vida de muitas pessoas e colaboram com o que, essas mesmas pessoas, tornaram-se. E tudo isso só é possível graças às músicas singulares, únicas. Músicas tão marcantes, presentes, vivas, que ressoam eternamente, por mais que o mundo gire e a vida cresça.


E nesse processo, algo acontece. Novos artistas se propõem a fazer as próprias versões de obras consagradas, intocáveis. Muitas bandas se enveredam por esse caminho árduo. Nem sempre o resultado é satisfatório, mas têm as que conseguem dar uma abordagem tão diferente que chegam a ser... melhores? Não sei... Especiais, creio que seja a palavra.


Nada melhor do que ouvir bandas que gostamos darem os seus toques mágicos e fazer o impossível se tornar possível. E existem várias que fizeram isso. Neste texto, citarei algumas das que eu gosto.


Vamos lá!


Korn


O Korn talvez seja uma das poucas bandas que conseguiram fazer covers excelentes de clássicos. One, do Metallica; We Care a Lot, do Faith no More; Another Brick in the Wall, do Pink Floyd; Word Up, do Cameo; Creep, do Radiohead e, recentemente, Would? do Alice in Chains, mostraram o absurdo que o caras foram capazes. Em nada devem para as versões originais — em nada mesmo. E me atrevo a dizer que, na pegada deles, algumas ficaram muito melhores. Com exceção de Creep, que foi feita no Unplugged da banda, todas as outras são pesadas, com o som bem característico. A chatíssima Another Brick in the Wall, nas mãos do Pink Floyd, nas mãos do Korn, ficou irada. E o mesmo vale para Word Up.


One — apesar de eu detestar Metallica —, We Care a Lot e Would? já eram grandes, por isso o Korn apenas deu a estética deles a elas, mas ficaram bem maneiras.

Não é à toa que o Korn foi uma das últimas bandas realmente diferentes que surgiram. Talvez o SOAD tenha sido a mais peculiar, após eles.


O Korn se mantém até hoje sem perder o gás, lançando um álbum atrás do outro — apesar de ter alguns bem ruins —, mas ainda são grandes.

 

Deftones


O que esperar de uma das bandas mais consistentes — não só do metal — dos últimos 25 anos? Nada além de obras-primas.


Simple Man, do Lynyrd Skynyrd; The Chauffeur, do Duran Duran; Drive, do The Cars e If Only Tonight We Could Sleep, do The Cure, são alguns dos clássicos que os caras atreveram botar a mão. Com a idílica voz do Chino Moreno, o que era bom ficou melhor ainda. É de questionar a vida como tudo o que o Deftones faz se torna incrível. E se duvida do que escrevo, ouça e descubra.

 

Faith no More


Graças ao maluco — e baita vocalista —Mike Patton, o Faith no More pôde encontrar o caminho deles de uma vez por todas — mas foi com muito afinco. Digo isso, pois, o que a banda era no começo se perdeu completamente posterior a entrada de Patton. Não que seja ruim — é uma das 3 bandas de rock que eu mais gosto —, mas se tornou muito diferente (ainda bem).


O Faith no More, pela minha percepção (de alguém que nasceu no início dos anos 90), também não é uma banda que circula pelo mainstream musical. Quem não conhece e aprecia rock, provavelmente não a conhece. Mas vamos ao que interessa!


War Pigs, do Black Sabbath; Easy, do Commodores e I Started a Joke, do Bee Gees foram as escolhidas para serem expelidas pela boca louca do Mike Patton. O cara, que tem talento de sobra, mais o som da banda, pôde experimentar “um pouco” com elas. E, acho que posso dizer sem medo, são muito, mas... MUITO melhores do que as originais.

Mike Patton é, era e sempre será muito mais cantor do que os das demais bandas. E, mais do que isso, o Faith no More deu vida e autenticidade a elas, além da aura já existente ao serem criadas por seus idealizadores.

 

Tool


No Quarter, Led Zeppelin. É isso. Não sei se há mais covers feitos por eles, mas a que tem é, sem dúvidas, uma das melhores incursões já realizadas por uma banda em mares revoltos.


A versão original é magnífica, mas a do Tool não deixa nada a desejar.


Com o tradicional metal alternativo/progressivo da banda, puderam impor um peso muito mais do que bem-vindo ao clássico “ledzeppeliano”. Inclusive, ao estender ainda mais uma música que já é comprida.


Tool não é uma banda muito conhecida por quem não curte rock, mas vale muito a pena conhecê-la (novamente a opinião de alguém do século passado). É de uma qualidade e experimentação interessantíssima. Fica a recomendação!

 

SOAD (System of a Down)


Os revoltados... Digo, a banda de cunho político também se atreveu a percorrer o mundo dos covers. Com Metro, da Berlin e Snowblind, também do Black Sabbath, deram um pouco da originalidade que os fizeram ser quem são.


Bem que poderiam pegar um pouco dessa originalidade e voltar a fazer músicas e lançar álbuns.

 

Essas foram algumas bandas que fizeram covers e que eu quis apresentar para vocês. Mas há muito mais do que essas cinco. Red Hot Chili Peppers, Conflict, Scorpions, Evanescence, entre outras, também possuem belos e divertidos covers.


Para quem curte música, pesquisem sobre as suas favoritas. Certamente, haverá outras bandas que também gostam delas, ao ponto de homenageá-las com interpretações especiais e únicas.


2 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


O Memoria Indie é um blog que fala sobre alguns temas bem legais: cinema, música, literatura e HQ, além de abordar outros assuntos que possam ser interessantes. Com isso, procura apresentar um conteúdo com foco na exposição dos textos, e, assim, trazer uma leitura leve e que não expulse os nossos leitores...

© 2020 por Memória Indie. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page