Edição comemorativa do clássico da banda
Lançado no último dia 11 de dezembro, Black Stallion trouxe versões remixadas de todas as músicas do álbum White Pony (2000). Com participação de diversos artistas, que puderam dar e colocar as suas visões e ideias, o álbum tem uma pegada eletrônica, porém, muito identificável com a sonoridade da banda.
Apesar de ser uma banda de metal alternativo, o Deftones já flertou um pouco com a música eletrônica, mas imersa numa própria característica. Músicas como “Teenager”, do próprio White Pony; “Lucky You”, do álbum homônimo (2003) e “Pink Cellphone”, do Saturday Night Wrist (2006), são alguns exemplos.
Particularmente, em Black Stallion, conheço poucos artistas que participaram. A única que ouço é a excelente Phantogram — que é um duo —, banda de eletronic/rock, dream pop e trip hop, composta por: Sarah Barthel e Josh Carter (ambos são vocalistas e instrumentistas). Eles trabalharam na faixa “Street Carp” e deram uma versão calmante. Inclusive, Sarah canta um trecho da música.
Outra banda que conheço, mas que ouvi pouco, é a Purity Ring. Composta pela vocalista Megan James e pelo instrumentista e produtor Corin Roddick, eles também fazem um som eletronic pop. A contribuição deles foi na faixa “Knife Prty”, e, posso afirmar, a melhor do álbum. A versão original, que já tinha uma aura sombria, elevou esse aspecto com o trabalho feito pela dupla.
Robert Smith, vocalista da icônica banda The Cure, e Mike Shinoda, do Link Park, também participaram, em “Teenager” e “Passenger”, respectivamente. “Teenager” não ficou muito diferente. Agora, “Passenger”, junto à “Knife Prty”, ficou incrível.
Os demais artistas eu desconheço. Alguns conseguiram fazer um trabalho válido e deram uma ambientação experimental interessante. “Digital Bath” (remixada por DJ Shadow) e “Elite” (por Blanck Mass), são legais. Porém, outros pecaram pelo marasmo criativo. “Korea” (Trevor Jackson) e “Change (In the House of Flies)” (Tourist) são péssimas.
Só pontuando: Não há “Back to School” em Black Stallion. Uma pena...
Também vale ressaltar que todo o peso que há em White Pony foi diluído aqui. No geral, há uma estética mais idílica e lúdica — acho que posso dizer —, com um pouco de energia sobrando.
Para quem é fã da banda, vale a pena ouvir. Afinal, penso eu, não é um tipo de som que, para quem curte Deftones, seja estranho. Ademais, é um álbum mediano, sem grandes novidades, mas justo, afinal, White Pony foi um marco no cenário do metal alternativo e que merecia (merece) ser lembrado até hoje.
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