top of page

Lendo Justiceiro — No Princípio

Foto do escritor: Marcos ViníciusMarcos Vinícius

Atualizado: 21 de mar. de 2023

HQ traz o que há de melhor do Punisher

Imagem arquivo pessoal

Violência, mortes, brutalidade. Essas palavras representam, um pouco, essa agressiva HQ. Lançada pela Panini, com um acabamento de ótima qualidade, essa graphic novel é mais uma, dentre as várias, que a editora lançou, nos últimos anos, sobre esse icônico personagem.


No Princípio é roteirizado pelo célebre Garth Ennis, que, entre as contribuições dele, é lembrado por ter criado, ao lado de Steve Dillon, a série de quadrinhos Preacher.


Na história, vemos Frank Castle desde antes da morte dea família, durante a Guerra do Vietnã, em que já há indícios de que a violência e o caos são partes da existência dele.


Como não podia deixar de ser, a obra é bem violenta, com cenas pesadas e explícitas. Há carne voando pelos quadros, cheias de vísceras e sangue.


Após essa apresentação de Frank na guerra, acompanhamos ele no presente — já um velho. Ele é um exército ambulante que destrói tudo o que surge no caminho. Frank ainda não perdoa os criminosos após ter sua família morta por eles. E a filosofia dele é bem clara: qualquer bandido é um alvo a ser aniquilado. Inclusive, os que estão ao “lado” dele.

(imagem da internet)

Frank ainda elimina os mafiosos, que mal conseguem prever os movimentos dele. E, apesar da idade, ele se mantém extremamente tático e ágil, sem dar chances aos inimigos.


A estética da HQ é bem densa, sombria, com uma carga pesada bem-vinda que o Justiceiro exige. A arte é bem eficaz e transpõe com excelência o clima deprimente (mas bom) que a história passa.


Já a narrativa é simples, sem se utilizar de recursos mais criativos, mas cumpre o necessário. Afinal, o que mais importa é ver a jornada de Frank em busca de vingança e arrebentando com todo mundo.

Frank Castle (imagem da internet)

No Princípio é uma obra fantástica, que soube trazer bem a essência de Frank Castle. Sem espaço para sorrisos e pirulitos, toda a graphic novel é um passear pela vida infernal que esse personagem carrega nas costas. Sem dúvida, obrigatório na estante de qualquer fã de quadrinhos, ainda mais para quem gosta do melhor anti-herói que há. Melhor personagem da Marvel, na verdade.


Adaptações Fílmicas do Justiceiro


Para quem não sabe, já houve três produções fílmicas do Justiceiro. O primeiro foi The Punisher (1989), protagonizado pelo rival do Jean-Claude Van Damme, Dolph Lundgren. Esse filme eu não assisti e acredito ser melhor manter assim.


O filme seguinte é o terrível — com o mesmo nome, inclusive — The Punisher, que saiu em 2004, protagonizado por Thomas Jane e com John Travolta como vilão. Esse filme é tão ruim, mas tão ruim, que Thomas Jane chegou a produzir um curta, em que voltou a interpretar Frank Castle, para tirar o gosto podre da boca. Esse curta é muito bom, bem diferente da porcaria de 2004.


Ainda há Punisher: War Zone (2008), estrelado por Ray Stevenson. Esse até que é assistível, mas ainda deixa muito a desejar. Mas, pelo menos, tem um Jigsaw melhor do que o da série.


E, por fim, tivemos a presença do Justiceiro em séries. Primeiro, apareceu na do Demolidor (na segunda temporada). Interpretado por Jon Bernthal, essa versão, sem espaço para contrariedades, é a melhor adaptação feita para o audiovisual. Tanto na questão de interpretação, executada com excelência pelo ator, quanto na aparência, essência e aura. Apesar de Jon ser baixo — ele tem por volta de 1, 80 de altura — para o personagem, conseguiu trazer bem a persona do anti-herói. A participação dele com o Demolidor foi tão expressiva — ao ponto de se destacar mais do que o personagem que dá nome à série — que chegou a ganhar a própria. Falarei dela em breve, mas já adianto que não souberam aproveitar o personagem e o ator.


Ótimo início para se conhecer o Justiceiro


No Princípio é uma excelente porta de entrada para o mundo de Frank Castle. As histórias contadas expõem bem quem ele é e até onde está disposto a ir. Mas para quem quiser saber mais, leiam as outras publicações lançadas pela Panini. O único problema é o preço, que deve ser capaz de afastar, até mesmo, o impiedoso Frank.



5 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

コメント


O Memoria Indie é um blog que fala sobre alguns temas bem legais: cinema, música, literatura e HQ, além de abordar outros assuntos que possam ser interessantes. Com isso, procura apresentar um conteúdo com foco na exposição dos textos, e, assim, trazer uma leitura leve e que não expulse os nossos leitores...

© 2020 por Memória Indie. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page